quinta-feira, março 27, 2003

Congresso Iberoamericano de
Comunicação e Educação

"LUZES NO LABIRINTO AUDIOVISUAL"
Universidade de Huelva, 23-26 de Outubro de 2003

Um dos mais dinâmicos colectivos de educação para os media, o grupo Comunicar, da Andaluzia - Espanha, organiza no próximo Outono um importante congresso, intitulado «Luzes no labirinto audiovisual» : Edu-comunicação em um mundo global. Trata-se de um congresso iberoamericano, onde Portugal vai também marcar presença, ao lado da Espanha e dos países da América Latina.
Dada a incidência em pleno nas temáticas do nosso mestrado e tendo em conta que se trata provavelmente de uma das mais importantes iniciativas internacionais neste campo, este ano, vale a pena organizarmo-nos para participar activamente.
O programa científico pode ser encontrado aqui (exige que esteja instalado um leitor Acrobat).

Entre as áreas temáticas em que o Congresso se estrutura, conta-se:

1) Globalización, comunicación y democracia.
2) Los nuevos lenguajes de la comunicación.
3) Mitos, estereotipos y tratamiento de la diversidad en los medios.
4) Ante las pantallas: televisión, cine, videojuegos…
5) Internet en la educación y en la familia.
6) Prensa y escuela.
7) Educar en red: los entornos virtuales.
8) La educación en medios: su integración curricular.
9) Las nuevas creaciones audiovisuales: medios, arte y cultura.
10) Orientación, educación y comunicación.

A inscrição custa 30 euros (antes de 30 de Maio de 2003) e 45 euros (até 15 de Setembro) e pode ser feita através da Internet.
Mais alguns documentos sobre videojogos:

- Pedro A. Sánchez Rodríguez, LA EVOLUCIÓN DE LOS VIDEOJUEGOS
- Félix Etxeberria, Videojuegos y educación
- Ana Lilian Licona Vega y Denize Piccolotto Carvalho, REFLEXIONES SOBRE LOS VIDEOJUEGOS
E, num plano mais vasto:
MEDIOS DE COMUNICACIÓN Y EDUCACIÓN
No site canadiano Media Awareness exite uma grande quantidade de documentos relacionados com os jogos video e jogos electrónicos, cuja consulta pode ser útil para dar ideias para trabalhos de pesquisa. O link indicado remete para a zona do site em francês. No entanto, é possível, aqui, escolher a versão francesa ou inglesa. Ou, então, clicar directamente aqui.

quarta-feira, março 26, 2003

Encontrei a referência no site do Observatório da Imprensa, importante instituição brasileira de monitoragem dos media (ou da "mídia", como dizem além-Atlântico): "Como a mídia trata a infância?". Refere-se a um estudo realizado pela ANDI - Agência de Notícias dos Direitos da Infância e do Instituto Ayrton Senna, relativo ao ano 2002, que acaba de sair. Em Portugal, tanto quanto sei, não existe nada de parecido. E bem falta faz. Há, num outro plano, a tese de doutoramento de Cristina Ponte - "Quando as crianças são notícia", que vai ser este ano publicada pela Caminho.
Na revista digital Enredando.com, revista semanal de reflexão e análise sobre a vida na Internet, veio recentemente publicada uma entrevista a Begoña Gros, profesora da Faculdade de Pedagogia da Universidade de Barcelona, intitulada "Los videojuegos deben estar también en las aulas". Um pequeno extracto:

Por su trabajo, se deduce que es una defensora de la utilización de los videojuegos en el aprendizaje y en la formación juvenil. Véndame sus atributos.

R: Soy una defensora por varias razones. Una, porque pienso que en el proceso de socialización del niño, en los últimos años, han entrado a formar parte de su entorno los juegos de ordenador y las videoconsolas (además de la televisión y los vídeos). Me parece que es un aspecto importante de la vida del niño que los adultos no valoran o lo hacen pero negativamente. De ahí que yo defienda la importancia del videojuego desde el punto de vista educativo, porque de alguna manera informalmente se está se están educando en la Sociedad de la Información. Pero… formalmente no lo están haciendo. Ni la escuela ni los padres están teniendo en cuenta este aspecto. Lo defiendo porque es una realidad que hay que tener presente. Por otro lado, también defiendo el valor de algunos videojuegos— no de todos—porque son entornos de aprendizaje bastante complejos que, desde mi punto de vista, pueden ayudar a desarrollar procesos de aprendizaje.

Da mesma autora, pode ver-se ainda:
- Jugar con el ordenador, también en la escuela
- La dimensión socioeducativa de los videojuegos

terça-feira, março 25, 2003

Alguns autores clássicos que se debruçaram sobre o jogo e alguns livros recentes sobre o fenómeno dos videojogos ou jogos digitais: clicar aqui.
Para saber o que se tem publicado nos últimos tempos e o que se vai publicar nos próximos meses, no campo da educação para os media, este sítio da Amazon dá uma ajuda.

terça-feira, março 18, 2003

"L´Éducation par et aux Médias à Travers le Cinéma Belge" é o título de uma conferência anunciada para quinta-feira, dia 20, às 20.30h, na Casa das Artes - Rua Ruben A, nº 210 , no Porto. Será conferencista Antoine Paulus, da Universidade de Liège, cabendo a iniciativa ao Instituto Francês do Porto, no quadro das 2es Journées du Cinema Francophone.

segunda-feira, março 17, 2003

O que se vai fazendo noutras paragens:
"O Secretário de Educação do Estado de São Paulo, Gabriel Chalita e o Prof. Ismar de Oliveira Soares, coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação da ECA-USP (Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo - Brasil) entregaram, (...) no dia 12 de março, os certificados de conclusão de curso online de aperfeiçoamento, denominado Educom.TV, aos primeiros dois mil educomunicadores da rede pública estadual de ensino. O curso realizado entre junho e dezembro de 2002 utilizou-se de uma plataforma de aprendizagem através da qual os cursistas foram atendidos em 35 salas virtuais e de ações presenciais complementares destinadas à realização de oficinas sobre a análise e o uso do audiovisual na educação. O curso foi planejado pelo NCE-ECA/USP como uma forma de divulgar os conceitos e as práticas da inter-relação Comunicação/Educação a partir das pesquisas que apontam para a emergência e autonomia do campo da educomunicação. Ao final do projeto foram produzidos 982 planos de trabalho, envolvendo cursistas provenientes de 1.024 escolas de todo o estado de São Paulo. Um dos subprodutos do Educom.TV é o projeto Todeolho.TV, uma proposta de trabalho envolvendo crianças e adolescentes através de um site, permitindo que observem e analisem de forma cooperativa os programas da televisão e a produção cinematrográfica em circulação no mercado."
Fonte: Jornal Brasileiro de Ciências da Comunicação, n.208.

segunda-feira, março 10, 2003

"Longitudinal Relations Between Children’s Exposure to TV Violence and Their Aggressive and Violent Behavior in Young Adulthood: 1977–1992". É este o título de mais um estudo norteamericano que conclui por uma relação entre exposição infantil à violência televisiva e comportamentos violentos. O trabalho, publicado na edição de Março da revista Developmental Psychology, foi coordenado pelo psicólogo L. Rowell Huesmann no Instituto para a Investigação Social da Universidade do Michigan.
[No actual contexto, a pergunta é inevitável: como será, quando a guerra estalar? Ou será que o efeito nocivo da violência só se refere à "outra" violência ou à violência dos "outros"?]
Deixo aqui a crónica que escrevi para o Diário do Minho de hoje:

A história de Daniel

Quando eclodiu a Guerra do Golfo motivada pela invasão do Koweit, houve um episódio passado numa escola de Braga, que vale a pena recordar.
As televisões que então havia - o cabo era inexistente e os canais privados estavam ainda para chegar - davam-nos “guerra” de manhã até à noite. Surgiam as informações e boatos mais estranhos, uma vez que, como temos visto à evidência nos tempos mais recentes, “as notícias também são armas de guerra” (Paolo Fabbri, “ABC, 27.2.2003). Uma das atoardas que os media difundiram foi a eventualidade de os árabes, em solidariedade com o Iraque, instalarem mísseis ao longo do Norte de África, capazes de atingir a Europa e, por conseguinte, Portugal.
Daniel era, então, um miúdo que passava, sozinho em casa, muitas das horas extra-escolares a ver televisão. Ia ouvindo e meditando no que ouvia. Esperto como era, percebeu que, um belo dia, quando estivesse tranquilamente a ver televisão, lhe poderia cair um desses mísseis destruidores por cima do telhado. Começou a ficar inquieto e decidiu levar a inquietação para o lugar que lhe pareceu mais óbvio: a sala de aula (até porque as possibilidades de esclarecer o assunto com os pais não eram por aí além).
A professora que, tal como muita outra gente, andava cansada da guerra, não reagiu bem à proposta de esclarecimento que Daniel lhe apresentou. E com toda a espontaneidade explicou à turma que não seria bom que o assunto da guerra viesse também para a escola. Andavam já todos tão saturados de (ouvir falar de) guerra, que, ao menos naquela sala, haveria de haver um discurso e um clima de paz.
As crónicas da memória nada rezam sobre a reacção do miúdo, até porque a história foi contada, com a maior naturalidade e candura, pela professora. Provavelmente ficou silencioso, remoendo a sua inquietação. Mas naquele desvelo da docente, a mensagem enviada ao miúdo e à turma foi a de que aquilo que era importante para o comum dos mortais e fazia o mundo andar preocupado e em rebuliço não tinha lugar na escola e não cabia no universo das aprendizagens da sala de aula.
Para bom entendedor...

sexta-feira, março 07, 2003

Ao anunciar o início da emissão do programa para os mais pequeninos "Os Hoobs" (série produzida por Jim Henson, responsável por marcas como Os Marretas e Rua Sésamo), a RTP assumiu o compromisso de dar "cada vez mais atenção aos programas infantis, sem conteúdos agressivos". As palavras são do director de programas da estação.
Ao longo de 250 episódios, exibidos duas vezes por dia de segunda a sexta-feira (às 7h e às 10h30), Os Hoobs analisam o mundo do ponto de vista das crianças, ensinando-as sobre as relações sociais, a tecnologia e a cultura; a comunicação e as emoções, a arte e a linguagem. O "Público" de hoje é quem o refere.
Informação sobre a série pode ser encontrada aqui ou aqui.
Bem-vindo ao Blog ComEdu.
Graças ao Blogger.com, encontra-se no espaço da disciplina de um Curso de Mestrado da Universidade do Minho, aberto a todos os visitantes que queiram aprender e partilhar experiências e conhecimentos no âmbito da Educação para os Media.